Este Artigo, pela sua importância, foi copiado, na integra, da HPg da OAB
DIREITO & TEOLOGIA:
1 Interação especial e2 – Gênesis, Êxodo, Levítico, Números,jus divinum, parte que é da Bíblia, mas3, em si mesma, é de extraordinária sofisticação. O problema é que4 o imanente, por paradoxal que pareça,5 -sucedânea da O teu marido tem vida interior? Comendo como ele come, as tripas só podem funcionar! É claro que Era o espírito trocado por dejetos.
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carro do que de mim!
O genitor contraditou-a:
Pai, ficou provado, em definitivo, que o senhor gosta mais deste
-
carro tanto quanto eu gosto de você!
Empate: a sua máxima concessão de afeto.
Termina meridiano o sentido da proposição filosófica referente à
coisificação do homem e à humanização das coisas... Se a vida interior só pode ser
das tripas processando o apetite gustativo, e se, quando muito, uma filha pode ser
amada até o limite em que o carro o é, a condição humana fica aquém dos seus
infinitos possíveis, envolta pela espessa névoa de chumbo e de cimento da alienação.
Esta, nos tempos correntes do mercado globalizado, da programação do lazer, da
indústria do entretenimento, da uniformização cultural e da marcha unida do sentir e do
querer sem pensar, engendra para si mesma e para a realidade envolvente, nos
cânones da gramática das aparências, uma versão alegre e festiva da (pseudo)
felicidade, (in)consistente em nadar de braçada no poço sem fundo do ter mais coisas
ditadas pelos ícones da publicidade, ser nas coisas e através das coisas reconhecidas
pela (in)consciência social como responsáveis pela (ir)realização humana, enfim, ser
coisa no lugar de ser humano.
A desintegração do Ser, produzida no mundo moderno, no momento
atravessa a ponte para o mundo pós-moderno. O século XXI e o Terceiro Milênio,
Lapidar foi a resposta:
ele tem vida interior...
AMÓS, PROFETA DE QUAL JUSTIÇA ?
“Antes corra o Juízo, como as águas: e a
Justiça, como ribeiro perene.”
Amós 5,24
“Que o Direito corra como a água e a Justiça
como um rio caudaloso”
Amós 5,24
Na remota Catedral de Lübeck, na Alemanha a que não faltariam títulos
espirituais para ser o centro do mundo, em uma lápide muitas vezes centenária,
gravado talvez em baixo relevo, encontra-se a seguinte e instigante inscrição:
“Chamais-me Mestre e não obedeceis;
Chamais-me Luz, e não me vedes:
Chamais-me Caminho, e não me percorreis:
Chamais-me Vida, e não palpitas com Meu Coração;
Chamais-me Sábio, e não me escutais;
Chamais-me Adorável, e não me adorais:
Chamais-me Providência, e não me pedis:
Chamais-me Eterno, e não me procurais:
Chamais-me Misericordioso, e não confiais em Mim:
Chamais-me Senhor. e não me servis:
Chamais-me Todo-Poderoso, e não me receais;
Chamais-me Justo, e não vos justificais;
Se eu vos condenar. não me culpeis, só a vós culpai.”
A legenda em questão, exprimindo o Código do Sagrado.
consubstanciou uma relação jurídica entre o Criador e as criaturas. Relação jurídica,
porquanto há. na esfera objetiva, interação especial estabelecida segundo as
ordenações do Direito, completada. em articulação necessária, com o âmbito
subjetivo, no qual consolida-se o vínculo mínimo entre dois seres. Ainda que de
estatuto diferenciado, sob o signo normativo da obrigatoriedade.
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D’outra feita, uma filha recebia amigos para um pedaço de tarde
dominical de conversa. Queria mais o quê? Desejava o concurso da pai na recepção
às visitas. Este, porém, com pastas, líquidos, flanelas, escovas e aspiradores, limitouse
a polir o carro no jardim à frente, cultuando o seu bezerro de ouro. Ao fim da tarde,
de partida as visitas, a filha protestou: |